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Jeep Beach 2020 - Três amigos pelo Brasil

O JB é um evento que se iniciou em 2017, e que, nos últimos três anos, tem acontecido na praia de Touros, RN. Nele, proprietários e amantes de veículos da marca Jeep, além de celebrar a amizade, vivenciar bons momentos de descontração e descanso, têm a o

Jeep Beach 2020 - Três amigos pelo Brasil
O JB é um evento que se iniciou em 2017, e que, nos últimos três anos, tem acontecido na praia de Touros, RN. Nele, proprietários e amantes de veículos da marca Jeep, além de celebrar a amizade, vivenciar bons momentos de descontração e descanso, têm a oportunidade de desafiar a si mesmos e seus veículos 4X4 nas paisagens deslumbrantes das praias, dunas, lagos e campos da região.



Três amigos e parceiros do Jeep Clube Comando Oeste, Marco Perez, Ivan Rodrigues e Ana Beatriz Linardi, combinaram que a participação no Jeep Beach deste ano teria desafios extras e grandes emoções. Marco já havia participado do JB no ano anterior com seu Wrangler TJ e convidou os amigos Ivan e Ana para compartilharem essa experiência única, ao mesmo tempo em que intentava colocar seu Renegade Trailhawk a prova nos desafios na areia e em circunstâncias extraordinárias, para conhecê-lo melhor em seus potenciais e limites. Com todos os cuidados nesse contexto de pandemia, a aventura começaria por cruzar o Brasil por terra, dirigindo e desbravando os caminhos de ida e volta.



E assim os três partiram de São Paulo no dia 16 de julho, com planos de chegar em Touros no dia 19. O primeiro destino, depois de percorridos cerca de 1.100km, foi a cidade de Teófilo Otoni, conhecida como pólo das pedras preciosas, no estado de Minas Gerais. Lá pernoitaram no Hotel Capital das Pedras, eficientemente preparado para recepção dos hóspedes dentro dos protocolos sanitários exigidos atualmente.

No dia seguinte, logo cedo, partiram para o trecho mais difícil e lento da viagem, os 790 km até a cidade de Feira de Santana, cuja previsão, para surpresa dos viajantes, era de 13 horas de viagem pelo cálculo do GPS. A estrada, de pista única, é o principal motor de deslocamento de carga para o Nordeste. O trânsito é intenso e não faltam ultrapassagens e curvas que fazem o estômago estremecer. Mas se por um lado o trajeto é tenso, a paisagem é, em muitos pontos, muito bonita. A saída de Teófilo Otoni é um lindo caminho sinuoso, que dificulta a ultrapassagem de veículos lentos e longos, ou seja, os caminhões que abundam estrada afora. Na Bahia, enormes formações rochosas surgem no horizonte especialmente na região de Milagres, que causam uma surpresa visual depois que se atravessa Vitória da Conquista, que aparece espalhada por uma área imensa e plana. Em Milagres, nas margens da rodovia há inúmeras barracas de artesanato, um belo trabalho em cerâmica apresenta a iconografia do sertão baiano, convidando o viajante a parar para se deleitar com essa arte popular. À noite, Feira de Santana finalmente chegou junto com o cansaço da estrada que, apesar das belezas naturais, apresenta situações tensas e perigosas, trânsito denso e motoristas por vezes furiosos. É preciso muita atenção e cuidado na rodovia.



No terceiro dia de viagem, saindo de Feira de Santana, a meta foi a cidade de Recife. No meio do caminho uma visão espetacular: em Paulo Afonso, a ponte de ferro Dom Pedro II, se apoia sobre os canyons do rio São Francisco, a 80 metros de altura. A ponte treme com o trânsito intenso sobre ela e dá a impressão de que os pedestres irão alçar vôo sobre o majestoso rio. A grandiosidade da paisagem deixa os viajantes atônitos. Convidados por um jornalista local, que fazia uma reportagem sobre a ponte naquele momento, os três viajantes puderam registrar a emoção de conhecer esse monumento natural do São Francisco, e a entrevista poderá ser vista no link: https://www.youtube.com/watch?v=x4ZwqfBY6B0&t=28s



Chegando a Recife, o merecido descanso e uma refeição de camarões, para restituir as forças dos viajantes para o último dia de viagem até o local do evento, o Siri, na praia de Touros, RN. O Hotel em Recife, recomendado para a noite de descanso foi o Fity, na praia de Boa Viagem.

Partindo de Recife, o trecho mais tranquilo de estradas levou ao Siri Paraíso Hotel, de propriedade de Hitallo Marinho, anfitrião e organizador do evento. Aconchegantes chalés na praia acomodaram muito bem os participantes. Neste ano, com versão reduzida diante das restrições impostas pela pandemia, o grupo consistiu de 12 famílias de diferentes locais do Brasil e grupos off road, além dos representantes do Jeep Clube Comando Oeste e Elite da Lama de São Paulo, haviam JK Brasil do Distrito Federal, Sertão Off Road da Bahia, Bruttus Off road do Ceará, bem como participantes do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina. Alguns já eram assíduos desde a primeira edição do evento, mas, para alguns, no entanto, era a primeira vez. Do Siri o grupo saía diariamente para as aventuras. A região é simplesmente deslumbrante, com cenários paradisíacos e interessantíssimos compostos de dunas fixas, dunas móveis, belíssimas lagoas formadas pelas águas da chuva e uma vegetação exuberante.



O horizonte se configurava em pura natureza, contrastando os azuis das águas, com a brancura da areia, ora um deserto de dunas rosadas, ou uma paisagem árida que de repente se abria para a imensidão do mar. Maracajaú, Pititinga, Pitangui, Jacumã, Guamaré, Galinhos foram os cenários das trilhas. Até um “esquibunda” fez a alegria dos participantes, que despencaram de uma duna até a água da lagoa. Divertido e tranquilo até para quem não sabe nadar. Não bastasse a beleza natural do local, a diversão era garantida e desafiadora: subir dunas de areia fofa, percursos emocionantes em paredes frágeis em 45 graus de inclinação, descer paredes de areia na vertical, muita adrenalina e desafios deliciosos para os pilotos. E aí o Renegade surpreendeu a todos. Piloto experiente, Marco não teve nenhum receio de levar seu carro ao limite. E ele não ficou atrás, tendo conseguido cumprir todos os mesmos desafios dos outros veículos participantes sabidamente preparados para as circunstâncias.

Um dia do evento foi reservado para o deslocamento por barco até os parrachos de Perobas, para um delicioso churrasco em alto mar. Sim, isso mesmo, pois se trata de um banco de areia, com formações de corais onde é possível descer do barco e caminhar com a água na cintura, em pleno alto mar. Uma lancha-churrasqueira prepara lagostas deliciosas que, acompanhadas de cervejas, para quem gosta, faz a volta de lancha no mar agitado ser a mais pura diversão.

Aliás, no que se refere à alimentação, foi uma semana de lagostas, camarões e leite de côco, abundantes na região, para deleite dos que moram em outras regiões do Brasil.

O último dia do evento foi em Galinhos. Uma parada no marco 0 da BR 101 que cruza o Brasil, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, rendeu a merecida foto para os audaciosos viajantes vindos de São Paulo. Até Galinhos o comboio se deslocou pela praia e, para quem é do mundo off road já pode imaginar qual a sensação de ir seguindo junto ao mar em seu 4x4. Não há palavras para descrever algumas das experiências vividas. Depois dessa semana incrível, de muita emoção e excelentes companhias, chegou a hora de voltar e mais de 3.000 km para percorrer. Sem preocupação com cronograma, a volta foi um pouco diferente, para que tivessem a oportunidade de conhecer outros locais.

Saindo de Touros, o plano era passar a noite em Maceió. O hotel em Maceió foi escolhido meio ao acaso pelo aplicativo e acabou decepcionando um pouco. Mas valeu por uma caminhada noturna na praia e um jantar delicioso próximo do hotel, com todos os cuidados de distanciamento social. A meta do dia seguinte tinha dois pontos a serem conhecidos em Alagoas: o mirante da praia do Gunga e a Foz do Rio São Francisco em Piaçabuçu. Por causa da pandemia, infelizmente não foi possível subir no mirante e contemplar plenamente a belíssima vista. Da mesma forma, não foi possível ir de barco até a foz. Apenas de longe esses pontos puderam ser contemplados. Mas mesmo com essas restrições, foi possível conhecer os locais e fazer render belas fotos.

O destino seguinte foi a histórica cidade de Penedo e de lá, fazer a travessia de balsa, do estado de Alagoas para Sergipe. Penedo, com suas construções dos séculos XVII e XVIII, vale a pena ser visitada. Passando para o estado de Sergipe, o objetivo foi passar a noite em Feira de Santana e repetir então o mesmo esquema da ida. Próxima noite novamente em Teófilo Otoni e depois São Paulo. Assim foram 6.458 km.

O mundo off road não é só a relação veículo e cenário. O que torna tão especial e apaixonante é também a oportunidade de ampliar os horizontes, de conhecer pessoas e lugares, desafiar limites mas, igualmente importante, estreitar os laços de amizade. Essa viagem ficará na memória dos três amigos, que voltaram com muitas histórias para contar.

Hotéis:
Capital das Pedras – Teófilo Otoni, MG
Caju de Ouro – Feira de Santana, BA
Fity Hotel – Recife, PE
Siri Paraíso Hotel – Touros, RN

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